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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Uma ova.

Propenso ao escândalo e ao escarro, dosado com um pouco de azia gástrica e limão. Serão as litânias postas na mesa, cuspindo em pratos e na ilusão alheia, não esquecendo que Eu, vivo nesta esfera tórrida numa apelação milagrosa da escrita e da publicação, porque olho, e meus olhos mais parecem com os seus, onde vejo a tua humanidade esvair-se, e teu Eu morrer junto ao meu.

Mudando de assunto... (ou quase isso)

As Litânias de Satã, para alguém que vá ler - e para quem não saiba - tem seu título original Litani til Satan, em frances, poema escrito por Charles Baudelaire, em suas Flores do Mal. Os versos ao olho nu contrapõem-se ao lado cristão, abarrotado de ovações ao Diabo e seus deleites junto ao homem, seu servo e leal amigo. Entretanto, o valor é totalmente simbólico, cheio de analogias que o poeta veio ao embate junto aos dogmas e valores prescritos pela igreja no século XIX.

É importante então afirmar aqui que meus valores são os mesmos; não os de ir contra sacerdotes e representantes mortais de deus, e sim de expor - sem vômitos - a litânias de meus demônios.

"Faze que esta alma um dia, à árvore da Ciência,

Repouse junto a ti, quando em tua cabeça,

Tal qual um templo novo de ramos floreça!"

Litanias de Satã